A Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades evoca a memória a Revolta da Chibata. Na montagem da A Chegança do Almirante Negro na Pequena África, o cortejo das danças dramáticas, elemento criador do teatro grego, surgirá no Dragão do Mar que reaparece. Os músicos, atores e dançarinos atuam sobre pernas de pau, reforçando o aspecto arquetípico tragicômico dos personagens. As coreografias são baseadas nas danças dramáticas de par solto, e representações de cenas marítimas. A trilha sonora ao vivo, referenciada nos folguedos populares, foi composta especialmente para o espetáculo, seguindo uma linha de pesquisa baseada em melodias e ritmos do auto-popular brasileiro das Cheganças e Marujadas. A orquestra é formada por instrumentos de percussão, como pandeiros e bumbos, além de violas e violões, sanfonas e instrumentos de sopro. A dramaturgia foi criada a partir de textos de Bado Todão, Ligia Veiga e do cordelista Edmilson Santini. A peça é encenada por 14 atores/músicos/dançarinos e na estreia contará com as participações da orquestra de rua Gigantes pela Própria Natureza (RJ).
Beirando a enseada escura na direção dos jardins da Glória, Oswald de Andrade recosta-se num banco do Cais do Porto e narra a um grupo de peixeiros o que aconteceu naquele minuto-século do dia 22 de novembro de 1910 na capital federal.
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